Campanha da ONU dá visibilidade a lésbicas e bissexuais para combater violência e preconceito

05/09/2016, às 14:55 (atualizado em 18/04/2019, às 0:59) | Tempo estimado de leitura: 4 min
Jovem que fez parte de projeto do Inesc é uma das mulheres que participam da campanha ‘Livres & Iguais’, lançada mês passado na sede da ONU em Brasília.

Uma campanha virtual das Nações Unidas no Brasil está promovendo a conscientização contra o preconceito e violência sofridos pela comunidade LGBTI no país, em especial as lésbicas e bissexuais, apresentando perfis de algumas dessas mulheres nas redes sociais e suas histórias de vida.

A campanha ‘Livres & Iguais’ tem artes criadas pela designer Carolina Rosseti destacando frases de mulheres como Iana Mallmann, jovem ativista de 20 anos que durante a adolescência teve depressão por não se sentir aceita na escola e na família. Iana fez parte do projeto Onda – Adolescentes Protagonistas, do Inesc, pelo qual participou de oficinas, palestras e debates para discutir questões de gênero e sua experiência como lésbica.

Também fazem parte da campanha, lançada oficialmente na semana passada em um sarau realizado na sede da ONU em Brasília, três vídeos protagonizados por lésbicas e suas mães, com trilha sonora assinada pelo Sapabonde — que disponibilizou a faixa “Vai, não se esconde”. O material destaca a importância fundamental do apoio da família para todas as pessoas LGBTI.

Dados da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) indicam que, das 770 denúncias de violações contra pessoas LGBTI registradas junto ao órgão regional de janeiro de 2013 a março de 2014, apenas 55 ocorreram contra lésbicas ou mulheres percebidas como lésbicas.

No Brasil, das mais de 3 mil denúncias feitas à Secretaria de Direitos Humanos (SDH) envolvendo crimes homofóbicos, 37,59% teriam como vítimas lésbicas.

Para o Escritório da ONU sobre Direitos Humanos (ACNUDH), o número pequeno de denúncias –  se comparado aos casos de violência contra homens gays (60,44% ) –  indica que agressões contra lésbicas e mulheres bissexuais não são reportadas devidamente.

O Inesc atua na questão de gênero no Brasil promovendo o debate e ampliando a capacidade da sociedade de pressionar o Estado para que este elabore e execute mais e melhores políticas públicas para garantir os direitos humanos das mulheres e comunidade LGBTI. Fizemos um vídeo sobre o assunto, veja abaixo:

Categoria: Notícia
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