Mulheres inspiradoras 2017: Hub das Pretas

19/12/2017, às 15:46 | Tempo estimado de leitura: 4 min
Iniciativa que envolve diferentes organizações, entre elas o Inesc, foi reconhecida pela ONG Think Olga como trabalho inspirador de arte e entretenimento

O projeto Hub das Pretas foi listado entre os trabalhos de mulheres inspiradoras em 2017. A organização feminista Think Olga divulgou lista com 200 mulheres ou coletivo de mulheres com trabalhos relevantes e inspiradores em diversas áreas.

O Hub das Pretas entrou na lista pela categoria Arte & Entretenimento, com destaque para a websérie produzida pelo coletivo, a Sonho de Preta Conta. Filmada em julho de 2017 durante o Festival Afrolatinas, a websérie de 12 episódios contém depoimentos de mulheres negras que reafirmam a necessidade de renovação de sonhos e utopias, mesmo em tempos difíceis.

O projeto Jovens Mulheres Negras – ou  Hub das Pretas – envolve diferentes organizações e coletivos que atuam no combate ao racismo e ao sexismo em quatro cidades: Brasília, Rio de Janeiro, Recife e São Paulo.

Em Brasília, o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) é a instituição de referência do projeto. A assessora política do Inesc, Carmela Zigoni, comemorou a menção ao projeto Hub das Pretas pela ONG feminista que pauta ações e campanhas importantes para os direitos das mulheres. “O movimento de mulheres negras no Brasil é histórico e o projeto veio pra somar. O protagonismo é delas”, ressaltou.  Carmela explicou que a iniciativa tem como proposta “ser um espaço de encontros, oportunidades, vivências de mulheres jovens negras que desejam enfrentar o machismo e o racismo”.

De acordo com Layla Maryzandra, que atua como articuladora, mobilizadora e educadora no projeto em Brasília, em um ano e meio o coletivo realizou 22 encontros, entre oficinas de comunicação, eventos autogestionados, atividades no Festival Latinidade e intercâmbio entre as cidades envolvidas no projeto. Para ela, o Hub é mais um dos projetos incentivadores para  fortalecer e contribuir com a luta racista e sexista.

“Tendo em vista o retrocesso de direitos instaurados nos últimos tempos  e o processo de reorganização dos diversos movimentos sociais no país, sobretudo de mulheres negras, o fato de sermos citadas em ´Mulheres Inspiradoras de 2017’ nos dá mais um fôlego para construir – hoje e para as gerações futuras – a concretude de outros mundos possíveis, para além das brechas do que a cultura patriarcal, eurocêntrica e racista nos coloca”, analisou Layla.

Duas integrantes da equipe do Inesc, Helena Rosa e Dyarley Viana, contaram seus sonhos na  websérie Sonho de Preta Conta. Confira os episódios aqui

Categoria: Notícia
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