“Os adolescentes precisam se organizar para influenciar nas políticas públicas”

19/02/2016, às 18:10 (atualizado em 21/04/2019, às 19:11) | Tempo estimado de leitura: 4 min
Thallita de Oliveira, que faz parte do Projeto Onda, do Inesc, convocou os jovens participantes da Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente a se informarem e se apropriarem do conhecimento para que possam contribuir na construção de propostas para políticas públicas.

“O que é participação? O que é preciso para se participar efetivamente?” As perguntas feitas hoje cedo por Thallita de Oliveira Silva, do projeto Onda – Adolescentes Protagonistas, do Inesc, durante a I Conferência Regional Norte/Sobradinho dos Direitos da Criança e do Adolescente, soaram meio provocativas, mas foram um convite aberto à reflexão.

“A ideia era levantar uma reflexão sobre quais espaços participamos efetivamente, de como está se dando essa nossa participação”, afirmou Thallita, que foi convidada pelo Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal (CDCA/DF) para participar da mesa de debate para discutir “Política e Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes – Fortalecendo os Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente”.

Thallita fez uma convocação para que os adolescentes se apropriem do conhecimento e se informem sobre os temas propostos  – Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Política e Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes, e Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente – para que possam contribuir na construção de propostas.

“É preciso que as instituições governamentais, organizações da sociedade civil e movimentos organizados que atuam no debate dos direitos de crianças e adolescentes estejam dispostos a conversar com os adolescentes sobre essas temáticas”, diz Thallita, lembrando também que é de extrema importância saber ficar de olho no orçamento público, porque é ele que garante as políticas públicas de saúde, educação, cultura e lazer.

“Precisamos ter acesso a esse orçamento, e também ajudar na construção do mesmo. Os adolescentes  precisam se organizar nesse sentido”, convocou a jovem, terminando sua fala com outra provocação/reflexão aos jovens presentes: “De que forma você pode ajudar na construção de um mundo novo, de um lugar melhor pra se viver? A gente precisa compreender que todas e todos nós somos importantes nesses espaços, e que existem grupos que ainda têm menos acesso aos direitos, que são bem mais violentados. É preciso dar subsídios para que esses grupos tenham também espaço para falar sobre suas realidades nessas conferências e nos espaços políticos em geral”, citando como exemplos meninas e meninos moradoras/es de rua, adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas, meninas e meninos da área rural e indígenas, entre outros.

Durante o evento foi lançada a 5ª edição da Revista Descolad@s, uma publicação alternativa em que a principal voz é a dos/as adolescentes. Produzida desde 2010, a publicação é desenvolvida durante as atividades do projeto “Onda: adolescentes protagonistas”, iniciativa do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) que conta com o patrocínio da Petrobras.

Categoria: Notícia
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